Sobre +MAP

A promoção da utilização da bicicleta como meio de transporte enfrenta vários desafios, sendo um dos mais prementes a disparidade de género – uma questão que se torna mais evidente em alguns países onde o uso da bicicleta como modo de transporte quotidiano é ainda incipiente.

Em Portugal, esta questão assume particular relevância, ainda que o panorama seja substancialmente mais positivo e prometedor do que há uns anos. Fazendo um breve enquadramento, para se ter uma ideia da disparidade de género na mobilidade em bicicleta: em 2017, apenas 17% das pessoas que pedalavam em Lisboa eram mulheres. Esta representação passou para 26% em 2020 [1].

Em países como a Holanda, existe até maior proporção de mulheres a pedalar do que homens – por vários motivos, como o facto de existir mais infraestrutura ciclável, maior segurança rodoviária, e a bicicleta ser culturalmente aceite e plenamente assumida como um veículo de mobilidade.

Assim, a MUBi tem como uma das suas prioridades educar e sensibilizar para a inclusão das mulheres, com o intuito final de ter uma maior proporção de mulheres a pedalar nas nossas cidades.

É esta a razão de ser do +MAP — Mais Mulheres a Pedalar.

Temos como objetivos:

  1. Incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e modo de libertação humana, económica e social.
  2. Influenciar políticas públicas e agentes sociais, promovendo a reflexão sobre questões de género e de acessibilidade ao espaço público e mobilidade ativa.
  3. Esclarecer acerca de narrativas dominantes, obstáculos, práticas e mitos sociais instituídos relacionados com o uso da bicicleta.
  4. Partilhar experiências, dificuldades e conquistas entre pares, enquanto espaço de valorização, livre de restrições e aberto ao diálogo.
  5. Desafiar mais mulheres a pedalar, tornando assim as cidades mais diversas, mais seguras, mais justas e mais humanas.

[1] Rosa Félix et al. 2021